A negociação

Publicado por em 26 jun 18. Uncategorized

Olá pessoas lindas… Tudo bem??

Hoje o assunto é negociação. Quais são os limites? O que pedir? Como pedir?

Ao longo desses anos como organizadora de eventos tenho passado por situações e ouvido histórias que poderiam ser engraçadas se não fossem marcadas por um profundo desrespeito com o trabalho de fornecedores da área de eventos.

Até entendo que muitas pessoas têm a ilusão de que preparar, organizar, planejar, gerenciar uma festa seja apenas diversão. Mas estejam certos, é, verdadeiramente, apenas uma ilusão.

Uma festa para 20 pessoas, uma festa para 200 pessoas, uma festa para 2.000 pessoas, guardadas as devidas proporções são eventos trabalhosos, e que necessitam de um planejamento minucioso, de muita atenção aos detalhes, de muito carinho e profissionalismo ao cuidar do sonho dos anfitriões, de uma extrema dedicação a cada etapa da organização…

É muito comum (e muito triste) ouvir a frase “Mas é uma coisa muito simples, preciso apenas de alguém que organize as coisas para mim.” Ou “Mas são apenas 50 convidados.” Ou “Eu já contratei tudo, você não vai ter trabalho algum.” Ou ainda “Nossa, mas eu conheço alguém que faz por $$…”. E aqui estou me impondo aos limites da minha ocupação. Mas também conheço coisas absurdas que já foram ditas para proprietários de buffets, músicos, bares, decoradores e outros profissionais da área.

Para cada pergunta uma resposta… Que pode ser doce ou não:

  • Mas eu só preciso de alguém que organize as coisas para mim

R: Se você precisa de alguém que faça para você, é porque não é tão simples assim ou porque você se reconhece com pouca habilidade para dar conta da tarefa.

Neste caso, valorizar o que você sabe que não conseguirá fazer sozinha(o), é no mínimo, educado.

  • Mas são apenas 50 convidados

R: Nem sempre o número de convidados é determinante para o custo. Um cardápio mais elaborado para 50 pessoas pode ser mais oneroso do que um cardápio mais simples para 100 pessoas

  • Eu já contratei tudo, você não vai ter trabalho algum

Este é um dos maiores pesadelos das assessoras. Quando o cliente já vem com todos ou parte dos fornecedores contratados, a química, o entendimento, a empatia entre eles pode ficar seriamente comprometida e acabar dando mais trabalho do que se fossem todos conhecidos e vibrassem na mesma sintonia.

  • Nossa, eu conheço alguém que faz por $$…

Contrate. Se você conhece alguém que faz por menos com a mesma qualidade, com a mesma preocupação, com o mesmo profissionalismo, com o mesmo cuidado. Contrate. Eu também conheço alguém que pagaria $+$+…

O cuidado na negociação é uma recomendação que vai além das vantagens financeiras que podem ser obtidas com ela. É também uma questão de valorização, de empatia, de educação, eu diria.

Por isso seguem algumas dicas para fazer um amigo, mesmo que não feche negócio com o profissional

Não menospreze

Se você precisa deste profissional, é porque em algum momento do seu planejamento, você percebeu que não é possível fazer o seu evento sem ele. E este profissional sabe quais são os seus custos, a qualidade de sua mão de obra, a importância dos seus serviços e as contas que precisará pagar ao final do mês.

Não minimize

Cada profissional tem uma percepção sobre o seu negócio e sobre a prestação de seu serviço. Se você chegou até ele, é porque ele tem valor. Se você acha que ele está com um custo além do seu orçamento, perceba que é o seu orçamento que está inadequado ao serviço dele e não o contrário.

O profissional é que sabe o valor do serviço que presta

Não tente auferir preço a um serviço que você não conhece. Antes de tentar precificar o serviço alheio, busque conhecê-lo, e, se ainda assim achar que o valor não está justo, procure outro profissional com o mesmo perfil, com a mesma qualidade.

Negocie

Negociar é diferente de pechinchar. Nem sempre o resultado de uma negociação é um valor mais baixo. Uma negociação pode resultar por exemplo num prazo de pagamento mais elástico, ou na inserção de um serviço que não estava originalmente no descritivo. Esteja certo(a) de que sempre que um fornecedor responsável e honesto baixar um determinado custo, ele vai suprimir um determinado serviço. Não é possível para uma orquestra, por exemplo, cobrar o valor de um violão e te oferecer uma harpa

Não tente se livrar de serviços para obter menores preços

Um descritivo é um documento em que seu fornecedor diz tudo o que vai fazer. O valor cobrado é por aquele pacote de serviços. Excluir um serviço ou outro, não necessariamente, significa que ele vai baixar o valor. É uma decisão que pertence ao fornecedor e não a você. Desconstruir um descritivo, não significa chegar a um valor menor.

Entenda que quem precifica é o fornecedor

Negocie, proponha, faça contra-propostas, mas ao perceber que seu fornecedor chegou ao limite, não insista. Bons fornecedores têm bem claras suas margens de negociação e sabem que se ultrapassarem esta linha, poderão prejudicar, e muito, a qualidade do serviço que se propuserem a prestar para você. E é claro que não é isso que você quer. Você tem todo o direito de pedir… E o fornecedor tem todo o direito de dizer não.

Seja coerente

Como você agiria, caso os papéis fossem trocados. Se, ao invés de comprador, você fosse o vendedor. Até onde você permitiria que seu cliente fosse. Pratique a troca de lados, a coerência nas propostas e, certamente, suas negociações serão mais justas para ambos os lados e mais produtivas

 

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Se quiser saber mais sobre algum assunto relacionado ao maravilhoso mundo dos eventos, fique à vontade para sugerir um assunto. Eu vou adorar escrever sobre o que você quer saber.

Deixe as preocupações conosco e seja seu convidado. Aproveite a vida!! Aproveite a festa!!

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